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Educação Financeira

A troca do carro pelo transporte público: um testemunho pessoal

Inspirado pelo post A experiência positiva de uma leitora que cancelou os planos de saúde e passou a utilizar, quando viável, a rede pública, do blog Valores Reais, resolvi contar a minha experiência pessoal da troca do carro pelo transporte público.

Já escrevi aqui um post (Carro Próprio ou Taxi?), com uma análise sobre a viabilidade de se vender o carro e andar somente de táxi. A conclusão foi, como sempre, depende: depende da distância percorrida diária, do número de viagens, etc. No meu outro site, Vigilantes do Orçamento, ofereço uma calculadora que ajuda a fazer estes cálculos.

Há pouco mais de um ano, resolvi colocar em prática essa experiência. Na verdade, não exatamente esta experiência, pois não passei a andar diariamente de taxi. Vendi um dos dois carros da família, e passei a usar o transporte público. Fiz isso porque, como todos os brasileiros, fiz o meu próprio ajuste fiscal, forçado pelo aumento da inflação e pela estagnação da minha renda. Além disso, um dos carros passou a dar muita despesa de manutenção.

Veja a seguir o gráfico de minhas despesas mensais com transporte. Este gráfico engloba todas as despesas com transporte: carro (combustível, oficina, IPVA, etc), taxi, ônibus, metrô, estacionamento, etc. Além disso, para que as despesas anuais fossem consideradas mensalmente, fiz uma média móvel de 12 meses. Ou seja, cada ponto é a média mensal de gastos com transporte nos 12 meses anteriores. Por fim, atualizei os gastos pelo IPCA do período, de modo a poder comparar de maneira justa pontos distantes no tempo.

Despesas com transporte

 

Deixei de usar o segundo carro em novembro de 2014. Observe como a média de gastos de 12 meses vai caindo de R$ 4.000 até estabilizar-se em cerca de R$ 2.500. Veja, não se trata de deixar o carro de lado e ficar em casa. Todas as necessidades de transporte da família continuaram a ser atendidas. Ou seja, se cada carro tinha uma despesa de R$ 2.000, podemos dizer que substituí uma despesa de R$ 2.000 por outra de R$ 500, economizando R$ 1.500/mês, na média. E note: esta poupança não considera o custo de capital: ao aplicar o resultado da venda do carro por R$ 40 mil, obtenho R$ 320/mês de retorno, considerando 0,8% ao mês de rentabilidade líquida. Portanto, uma renda extra de R$ 1.820/mês. Nada mal.

Mas nada vem de graça. Obviamente, para ter esta renda extra, tive que abrir mão de um conforto diário, e passar a usar transporte público. No meu caso, trem e ônibus. Antes uma breve digressão sociológica.

Por força de meus compromissos profissionais, fui algumas vezes ao Japão. Na primeira vez que estive lá, a secretária da empresa apresentou algumas alternativas de passeios turísticos, todos eles com referências de estações de metrô ou trem. Então, ela disse-me algo que me marcou: “aqui no Japão, a tradição é andar de trem. Todo mundo anda de trem”. E é verdade: todos naquele escritório, do analista mais júnior ao presidente, vinham ao escritório de metrô. Certa vez, conversando com um dos diretores daquela empresa, ele perguntou-me se o meu escritório estava bem localizado. Eu, do alto da arrogância de quem trabalha na Faria Lima com a JK (para quem não conhece São Paulo, trata-se do novo centro financeiro da cidade, onde estão os escritórios de mais alto padrão), respondi que meu escritório estava sim muito bem localizado. No que ele respondeu: então, deve ser muito próximo de uma estação do metrô. Não, tive que responder. Na verdade, está bem longe de qualquer estação de metrô. E, então, percebi o conceito japonês de “bem localizado”: perto de uma estação de metrô.

No livro Big Short, de Michael Lewis, que deu origem ao filme A Grande Aposta, há um trecho em que o autor classifica a fauna de Wall Street com base nas roupas e atitudes das pessoas no metrô. Ou seja, todos vão de metrô para o trabalho em Nova York, mesmo os executivos mais bem sucedidos do mercado finaneiro.

No Brasil, não. No Brasil, herdamos a cultura da fidalguia portuguesa, em que a elite não se mistura com o povo. O carro, sem dúvida, proporciona um conforto. Mas há algo a mais: temos vergonha de andar de ônibus ou trem. Se algum conhecido nos vê pegar um ônibus, o que vai pensar? Esta é, talvez até mais do que abrir mão do conforto, a maior barreira para se usar o transporte público.

– Ah, Dr. Money! O transporte público é de péssima qualidade!

Às vezes sim. Na maior parte do tempo, não. Principalmente para quem mora nas partes mais nobres da cidade. A lógica é simples: as linhas de ônibus, trem e metrô são mais densas nas partes mais ricas, onde a maior parte das pessoas trabalha. Para quem mora na periferia das cidades, o transporte público, infelizmente, costuma ser precário. Mas este post não é para quem mora na periferia, pois estas pessoas, via de regra, não usam o carro para ir ao trabalho. Este post é para quem mora nas partes mais nobres das cidades, onde o transporte público poderia muito bem substituir o carro.

Outra resistência é a lotação. De fato, dependendo do horário, não é possível entrar em um vagão de trem ou metrô. A solução é fazer horários alternativos. No meu caso, por exemplo, atrasar em meia hora a saída do escritório faz uma grande diferença na lotação do trem. Chegar mais cedo e sair mais tarde é um preço a se pagar para quem quer usar o transporte público.

Outro ponto negativo são as eventuais panes no sistema. Trens e metrô param quando chove muito, por exemplo (ainda vou entender porque). Nestes dias, o taxi ou o Uber estão aí para isso mesmo. O mesmo pode se dizer para aqueles dias em que chove, e não queremos nos molhar. Pegar um taxi de vez em quando não quebra ninguém. Afinal, estamos economizando bastante do outro lado. O gráfico acima já considera eventuais taxis.

Mas não é só de pontos negativos que o transporte público é feito. Por exemplo, é impagável a sensação de liberdade quando, ao sair do escritório a pé em direção à estação de trem, observo aquele mar de carros parados em um típico congestionamento monstro em São Paulo. Outro ponto positivo é que tenho andado mais a pé, o que é bastante saudável. Além disso, pela manhã, consigo ler o jornal todo no meu iPad, no trajeto do ônibus de minha casa até o meu escritório, coisa que antes era impossível.

– Mas Dr. Money, não é perigoso exibir um iPad no ônibus???

Se é perigoso, eu não sei. Faz mais de um ano que tenho este hábito, e nunca aconteceu nada. Aliás, este é outro mito muito difundido por quem nunca pôs os pés em um ônibus: a de que a pobreza está necessariamente ligada à desonestidade. Pelo contrário: nesse período que tenho usado ônibus, vi muitas vezes pessoas que precisavam saltar do ônibus pela porta da frente, fazendo questão de pagar a passagem e girar a catraca, para só então sair do ônbus (em São Paulo, entra-se pela porta da frente e se sai pela porta traseira, depois de passar pela catraca). Nunca vi o contrário. Mal-caratismo não tem relação com a renda, o que podemos constatar pelo que anda acontecendo em Brasília.

Hoje, não sei se voltaria a comprar um segundo carro, mesmo tendo espaço no orçamento para tanto. Acostumei-me com a nova rotina, deixando para trás o stress de dirigir em uma grande cidade. Acho que é um caminho sem volta.

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12 Comentários

  1. Guilherme disse:

    Excelente artigo, Professor! “As palavras inspiram, mas o exemplo arrasta”. E, nesse caso, como arrasta, ainda mais o exemplo vindo de você.

    Parabéns!

  2. Anonimo disse:

    Bom, sendo perigoso ou não, a sua economia dá pra substituir praticamente 1 pad por mês. Então ainda vale a pena financeiramente, mesmo sendo roubado de vez em quando rs

  3. Marcus Vinícius disse:

    Estava procurando uma explicação assim, bem plausível.
    Estou passando por essa dúvida, me desfazer do carro, ou não.
    Contabilizei uma despesa fixa com o carro de aproximadamente R$ 1900,00 mensais sem contar com estacionamentos e depreciação.
    No meu emprego eles fornecem transporte para os profissionais, com ônibus de turismo passa a apenas uma quadra da minha casa.
    Mas que por pura preguiça eu só usava três vezes por semana, já que ia de carro sem necessidade.
    Na realidade necessitária do carro apenas para os finais de semana.
    Onde andando de táxi e tranporte público iria gastar no máximo 150,00 por final de semana. Fiz as contas e pude perceber o quanto eu gastei com o carro. Um sonho que muita das vezes se torna um pesadelo.
    Vale lembrar que um aluguel de um carro no final de semana 3 diárias para viagens longas pode sair por menos 300,00
    É tá na hora de largar o carro!

  4. ALLAN disse:

    Dr. Money, boa tarde!
    Estou há algum tempo sem postar aqui. Não por desinteresse, mas em virtude da correria em que me enfiei, que exige que eu trabalhe de 12 a 14 horas por dia de segunda a segunda!
    Serei sincero: ainda não abandonei minha visão de que o Estado é eminentemente SOCIAL, e que este deveria sim se preocupar mais com esta parte SOCIAL do que com a proteção do CAPITAL.
    Mas hoje, graças a você, entendo que eu não sou o ESTADO, e que a minha única preocupação é assumir a minha posição a favor do CAPITAL e não do SOCIAL! Isto é uma balança, em que o ESTADO está de um lado e o indivíduo EMPREENDEDOR está do outro lado!
    A balança sempre deve caminhar para o equilíbrio, e cabe ao cidadão empreendedor ser este contraponto do Estado. Se o ESTADO quer ser predominantemente SOCIAL, o EMPREENDEDOR deve ser INDIVIDUALISTA e vice versa!
    Em um momento de crise, com o país encolhendo, estou conseguindo manter os 60 funcionários que eu emprego, e até mesmo expandir meu negócio! Em momentos de crise, as palavras INOVAÇÃO e EFICIÊNCIA se tornam mais importantes do que nunca, e estas duas palavras sempre estiveram presentes na visão da minha empresa!
    Vendo agora seu exemplo, gostaria de dar um testemunho de como transformei um passivo – um Toyota Corolla da empresa – em uma forma de ganhar dinheiro. Este carro era usado por mim e os outros 2 sócios para visitar uma das 6 unidades que prestamos serviço, até para reduzir a kilometragem dos nossos carros pessoais, que sofriam com isto. Tivemos a brilhante idéia de fazer uma sociedade com um motorista profissional, que utiliza o carro na plataforma UBER, e divide os lucros com a empresa. Em troca passamos também a ter um motorista gratuito. Mantivemos o carro, ganhamos um motorista, e ainda lucramos cerca de 1500 a 2000 por mês.

    • drmoney disse:

      Prezado Allan, bom te ver aqui de volta. Veja como modos diferentes de fazer negócio acabam por aumentar a produtividade dos agentes econômicos e, por tabela, da economia como um todo. Por isso eu defendo ferrenhamente plataformas como o Uber, não por ser contra taxistas, mas por ser contra a regulamentação de uma atividade que, por natureza, deveria ser objeto da livre contratação entre os agentes.
      No mais, concordo com você: o Estado existe para olhar para a Sociedade, e suprir falhas na igualdade de oportunidades. É bem diferente do Estado que temos, que procura substituir o empreendedor e o consumidor, achando que pode tomar decisões melhores que os indivíduos.

  5. Alexandre disse:

    Moro em Vitória-ES, onde não contamos com metrô. Mas escolhi para comprar um apto em local com várias opções de ônibus.
    Não é todo dia que vou de ônibus ao trabalho, mas quando vou posso fazê-lo com bastante tranquilidade.
    Andando de ônibus leio jornais e artigos pelo celular e já li mais de 20 livros em 2 anos.
    Quanto a questão da economia: além de a diferença entre o valor da passagem e da gasolina compensar, também se economiza no desgaste do carro.

  6. Poupando do zero disse:

    Acho digno sua colocação, amdei pensando em moto esses dias ate pq agora moro perto dp trab. Seria uma forma de economia.

  7. Helison disse:

    Excelente post, principalmente pelo fato de mostrar provas (gráfico detalhado da queda dos gastos) e expor a experiência de quem realmente faz o que aconselha. Mostrar de onde vem essa cultura de estratificação e desmistificar certos mitos; e melhor, chamar atenção para o que os grandes países desenvolvidos estão fazendo (e vendo bons resultados, pois é o que importa). Acharia muito interessante tal estudo, ou mesmo sua opinião pessoal, acerca da substituição em massa dos carros por motos. Defendo fortemente tais incentivos (ainda não pensei nas possíveis consequências não-intencionais): redução de IPI e IPVA sobre motos de até 150cc, financiamento com taxas subsidiadas em 60x, um ou dois dias da semana que seria permitido rodar apenas motos, além de outros possíveis incentivos. Uma vez vi um vídeo (acho que na Índia) que devia ter umas mil motos biz rodando na cidade sem dar um esbarrãozinho uma na outra, incrível. O que você acha?

  8. dude disse:

    Que legal ler isso. Tenho 35 anos, sou analista de sistemas, solteiro e sem filhos, vivo em São Paulo. Vou e volto para o trabalho de trem e metrô, lendo no tablet ou ouvindo notícias no celular. Como tenho bastante flexibilidade de horário, consigo evitar os piores horários, e quase sempre vou e volto sentado. Quando preciso ir para qualquer lugar onde transporte público é inviável, uso taxi (e agora tem o Ubber, também).

    Sobre o perigo de usar tablet também não sei dizer. O que eu tenho é o mais barato que encontrei, já que uso só pra leitura, então uso com muita tranquilidade. Se me roubarem, o prejuízo comparado ao benefício compensa.

    Nestas condições, nunca senti a necessidade de tirar habilitação. Pode ser que eu mude isso em breve para alguns passeios e viagens curtas. Ainda assim, pretendo não ter carro, mas alugar quando precisar de um.

    A impressão que tenho é que vale cada vez menos possuir qualquer coisa. Mas isso já é outra conversa.

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