O investimento adequado para sua aversão a risco
No post Descubra se Você Gosta do Risco, falávamos da avaliação do perfil de risco do investidor. Naquele post, eu havia prometido um outro em que relacionava o perfil aos diversos tipos de investimento. Pois aqui vai.
Para começar, vamos classificar os investimentos em baixo risco, médio risco e alto risco. Os investimentos de baixo risco são aqueles com volatilidade mais baixa, como os fundos DI, a Caderneta de Poupança e as LFTs. Os de alto risco são aqueles que têm volatilidade mais alta, como as ações. E os de médio risco ficam ali, no meio do caminho. Exemplo de investimentos de médio risco seriam os fundos de renda fixa, as LTNs, NTNs-F e NTNs-B, além dos fundos multimercados, ainda que estes últimos possam ser bem voláteis.
Pois bem, na tabela abaixo podemos ver o relacionamento entre o tipo de investimento e o perfil do investidor. A variável chave para ligar uma coisa com a outra é o horizonte do investimento. Por exemplo, se o horizonte é de curto prazo, não importa o perfil do investidor, o investimento recomendado será sempre o de baixo risco. Por outro lado, se o horizonte for de longo prazo, até o investidor mais conservador pode arriscar-se um pouco mais.
As ilustrações representam os tipos de investimento: a harpa significa um investimento de baixo risco, o violino um de médio risco, enquanto a bateria representa um investimento de alto risco. Por exemplo, um investidor com perfil mais conservador, mas que está investindo com um horizonte de médio prazo, pode eventualmente se arriscar em um investimento de médio risco. Já um investidor com perfil agressivo, para o mesmo prazo, poderia ir para um investimento de mais alto risco.
Outro ponto importante: o tipo de risco do seu investimento é a resultante dos riscos dos diversos investimentos que você tem em carteira. Assim, por exemplo, se você tem uma carteira com 25% em ações (investimento de alto risco) e 75% em caderneta de poupança (investimento de baixo risco), a resultante é um investimento de médio risco. Repito: é muito importante que você considere o risco total de sua carteira de investimento para cada objetivo, e não o risco de cada investimento em particular. Essa regra tem somente uma exceção: aquele dinheiro para emergências. Neste caso, o investimento deve ser destacado do restante da carteira, e o risco desta parcela deve ser o menor possível.
Obviamente estas são diretrizes genéricas, que servem apenas como uma orientação inicial. Cada investidor deve estudar as suas necessidades específicas, e só então decidir-se pelo investimento mais adequado. Para isso, pode ser útil a série sobre Política de Investimento publicada neste blog:
– Política de Investimento: por que você precisa de uma
– Política de investimento: definindo o seu objetivo
– Política de Investimento: avaliando sua aversão ao risco
– Política de Investimento: definindo o seu horizonte de investimento
– Política de Investimento: separando o dinheiro do dia-a-dia
– Política de Investimento: montando o quebra-cabeças
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Dr. Money,
Muito legal, gosto do risco associado ao objetivo e não com a idade como vemos em diversos livros.
Abraço.
Muito bom e claro o artigo! Parabéns!