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Educação Financeira

Quanto poupar para a aposentadoria

Meu post sobre a poupança para os filhos (aqui) fez surgir a questão: e quanto poupar para a própria aposentadoria?

O primeiro passo é saber quando você pretende se aposentar. Não significa que você vai parar de trabalhar nessa idade, mas será o momento em que você vai parar de poupar para a aposentadoria, porque… vai estar aposentado! A partir dessa idade, em tese, você pode mudar de atividade, dedicar-se a um hobby ou… continuar trabalhando, se assim preferir. Mas essa escolha só será possível se você puder contar com uma poupança que complemente a miséria recebida do INSS. A idade padrão para a aposentadoria no Brasil, considerando os requisitos para obter aposentadoria integral pelo INSS, é de 60 anos para os homens e 55 anos para as mulheres (considerando início das contribuições aos 25 anos de idade e tempo de contribuição de 35 e 30 anos, respectivamente). A escolha da idade da aposentadoria é uma variável muito importante no cálculo da poupança necessária: quanto mais tarde se aposentar, menor será a poupança acumulada necessária, mas também menor o tempo para curtir a aposentadoria. Um balanço razoável entre estes dois requisitos parece ser 60 anos de idade.

A segunda decisão refere-se a quanto você vai precisar para manter o seu padrão de consumo depois de aposentado. Uma regra de bolso, para uma pessoa aos 40 anos de idade e que ainda tem filhos pequenos, é de 70% do seu consumo atual. Depois de aposentado, as despesas com saúde aumentam, mas com educação e supermercado diminuem. Neste balanço, as necessidades diminuem, mas não proporcionalmente. Por isso, os 70%. Mas para aqueles que não confiam em regras de bolso, a saída é estimar os gastos detalhadamente: começando pelo plano de saúde (que não é barato, e que terá que ser bancado do próprio bolso), passando por remédios, supermercado, viagens, automóvel, condomínio, etc.

Uma vez definidos a idade da aposentadoria e o consumo mensal, será preciso calcular o tamanho da poupança necessária na data da aposentadoria. Chamaremos essa poupança de “pote”, pois você precisa juntar um pote de dinheiro para se aposentar com dignidade. Poderia ser uma mala, mas aí desanimaria alguns… Vejamos um exemplo. Digamos que você pretende se aposentar aos 60 anos de idade, com uma renda mensal de R$ 5.000. Para saber o tamanho do pote necessário, você precisa estimar a taxa de juros que você vai obter lá na frente, já livre de impostos e inflação. Só para dar uma idéia, hoje a caderneta de poupança rende algo como 7% a 7,5% ao ano, antes da inflação. Tirando uma inflação de 4,5%, sobram 2,5% a 3,0% de juros. Se a inflação subir para 6% (como está hoje), sobra somente 1,0% a 1,5%. Em um país normal, com juros normais e em tempos normais, é razoável esperar uma taxa de juros entre 2% e 3% ao ano para aplicações mais conservadoras. Hoje em dia, nos países desenvolvidos, esses juros estão próximos de zero, senão negativos.

– Que confusão! Quanto eu uso de juros, Professor Money?

Você verá que este número é fundamental para estimar o tamanho do pote, e qualquer mudança, mesmo que mínima, faz o pote aumentar ou diminuir consideravelmente. Vamos fazer inicialmente dois exemplos, com juros de 2% e 3% ao ano, lembrando sempre que é acima da inflação e depois dos impostos. Considerando R$ 60.000 de consumo por ano (R$ 5.000 por mês), e 2% de taxa de juros, o pote deveria ser de R$ 3.000.000 (2% de R$ 3.000.000 é igual a R$ 60.000). Para 3% de taxa de juros, o pote deveria ser de R$ 2.000.000. Bela diferença, não?

– Pô Professor Money, três milhões, dois milhões… qualquer coisa que tenha mais de 6 dígitos é simplesmente impossível de juntar…

Bem, eu desenhei o pior cenário: aquele em que você não gasta o pote nunca. Você vive exclusivamente dos juros das aplicações (2% ou 3%). O pote fica lá intacto, e depois de você passar desta para a melhor, o pote fica para os seus descendentes. Há uma outra forma de cálculo, considerando que você chega ao final da sua aposentadoria (evento mais conhecido como morte) sem um único tostão. Seus descendentes não vão gostar muito disso, mas o pote necessário é bem menor. Para fazer esse cálculo, você vai precisar de uma calculadora financeira.

– Xiiiiiii, quase não sei mexer em calculadora de 4 operações…

Não se assuste. Aqui você encontra uma calculadora financeira bem simples. Vá até lá, selecione a opção “Série Uniforme” e selecione na coluna amarela (calc) a opção 1, “Valor Atual (P)”. Agora, você precisa estimar quando você vai morrer.

– Ai, tá lôco, acho que eu prefiro o primeiro método.

Ninguém prometeu um exercício agradável. Mas não se preocupe. Estime uma idade avançada, por exemplo 120 anos. Por mais que a medicina avance, é bem pouco provável que você chegue lá. Então, se você se aposentar aos 60 anos, e viver até os 120 anos, vai precisar do pote durante 60 anos. Coloque então, na linha 3 da calculadora financeira “Quantidade de Períodos (n)”, o número “60”. Na linha 4 você coloca a taxa de juros (vamos começar com “2”), e na linha 5, o montante anual que você quer retirar do pote (no caso, “60000” – coloque sem o ponto). Aperte o botão “calcular” e… voi lá: você precisa de um pote de R$ 2.085.653,20. Ainda é um número bem grande, mas comparando com os R$ 3.000.000 anteriores, é bem melhor.

Agora podemos simular outras situações. Por exemplo, mude a taxa de juros de 2 para 3, e calcule novamente. Chegamos em R$ 1.660.533,82. Claro, quanto maior a taxa de juros, menor o pote requerido. Mude agora de 60 para 40 (você vai viver “somente” até os 100 anos de idade, e não mais 120). O pote passou a ser de R$ 1.386.886,32.

– Muito legal! Mas esse número de 7 dígitos ainda me incomoda um pouco. Quer dizer, para me aposentar, ainda preciso ser um milionário, certo?

Bem, você pode contar com o INSS, que vai lhe pagar uns caraminguás por mês, dependendo de sua contribuição. Mas eu prefiro trabalhar com a pior hipótese, que é não receber nada da aposentadoria oficial. O que vier é lucro. Mas não se assuste: vejamos o que é necessário para ser um milionário aos 60 anos de idade. Para isso, vamos usar novamente a nossa calculadora financeira. Vá lá e selecione “Pagamento periódico (R)” na coluna amarela. Aparece então um pop-up perguntando se você quer usar Valor Presente ou Valor Futuro. Escolha “cancelar” para usar o Valor Futuro. Coloque agora o valor do pote na linha “Valor Futuro (F)”. Comecemos com R$ 1.000.000. Digamos que você tenha 40 anos de idade, e vai se aposentar aos 60. Portanto, você tem 20 anos para juntar o seu pote. Coloque então “20” na linha “Quantidade de Períodos (n)”. Vamos usar uma taxa de 3% acima da inflação para esta primeira simulação. Coloque então “3” na linha “Taxa por Período (i)”. Agora clique em “calcular” e, pronto: o valor da poupança anual é de R$ 37.215,71, ou R$ 3.101, 09 por mês.

– Ô loco! Três mil por mês!!! Eu disse que não dava para ser milionário…

É verdade, poupar três mil por mês é muito puxado. Mas isso aconteceu por dois motivos: 1) você começou a economizar somente aos 40 anos de idade e 2) a taxa de juros utilizada é muito baixa. Vejamos o que aconteceria se a taxa de juros dobrasse para 6% ao ano (acima da inflação). Trocando “3” por “6” na calculadora, e apertando “calcular” novamente, obtemos R$ 27.184,56, ou R$ 2.265,38 por mês. Melhorou um pouco, não? Mas a grande diferença ocorre quando mudamos o tempo de poupança. Digamos que você tenha 25 anos de idade, e não 40. Portanto, agora são 35 anos até a aposentadoria, e não mais 20. Mudando a “Quantidade de Períodos (n)” para “35” (e voltando a taxa para 3, somente para comparar com o resultado anterior), obtemos R$ 16.539,29, ou R$ 1.378,27 por mês. Colocando 6% de taxa, o valor da poupança necessária cai para R$ 8.973,86, ou R$ 747,83 por mês. Bem melhor, não?

– Mas você mesmo disse que a poupança está rendendo só uns 2% acima da inflação…

É verdade, na melhor das hipóteses. Para obter 6% ao ano durante 35 anos, só arriscando mais. É aí que entra a aplicação em bolsa. Mesmo títulos de renda fixa mais arriscados, como as NTNs-B, que pagam IPCA mais 6% ao ano, rendem menos que esses 6% depois do imposto de renda. Portanto, se você quiser mais rendimento, só indo para a bolsa. E, claro, sem a garantia de que esse rendimento virá mesmo.

Para finalizar, vamos fazer um exemplo completo, do início ao fim. Digamos que você tem 35 anos de idade, e começará agora a fazer uma poupança para a aposentadoria. Você quer se aposentar aos 60 anos de idade, com uma renda mensal de R$ 5.000, com a qual pretende viver até os 120 anos de idade. Você estima que a taxa de juros durante o seu período de poupança será de 5% acima da inflação (depois dos impostos), e de 2% durante o seu período de aposentadoria (também acima da inflação e depois dos impostos). Vejamos passo a passo.

1. Abra a calculadora financeira, e selecione a opção “série uniforme”.

2. Selecione “Valor Atual (P)” na coluna amarela.

3. Coloque “60” na linha “Quantidade de Períodos (n)”, que é a diferença entre a idade da sua aposentadoria (60 anos) e a idade estimada da sua passagem para um mundo melhor (120 an0s)

4. Coloque “2” na linha “Taxa por Período (i)”.

5. Coloque “60000”, na linha “Pagamento Periódico (R)”, que são R$5.000 multiplicados por 12 meses.

6. Aperte “calcular”. O resultado deve ser R$ 2.085.653,20. Guarde este número, que é o tamanho do pote.

7. Selecione “Pagamento Periódico (R)” na coluna “calc”. No pop-up que aparecer, escolha “cancelar”.

8. Na linha “Valor Futuro (F)”, digite o resultado anterior: “2085653,20”.

9. Digite “25” na linha “Quantidade de Períodos (n)”, que se refere à diferença entre os 35 anos do início da poupança e os 60 anos do início da aposentadoria.

10. Digite “5” na linha “Taxa por Período (i)”.

11. Clicando em “calcular”, obtemos o valor de R$43.699,56, ou R$ 3.641,63 por mês.

É isso. Se você ficou assustado com os números, então atingi o meu objetivo. Às vezes achamos que o dinheiro brota em árvore. Contra matemática não há argumento. Por isso, o melhor é começar o quanto antes a poupança para a aposentadoria, pois a taxa de juros trabalha a seu favor. As contas que fizemos aqui são as mesmas que regem, por exemplo, o INSS. É de se admirar que haja pessoas que pensem que um sistema onde é possível se aposentar aos 50 anos de idade, e onde uma boa parte das pessoas contribuem com muito pouco (quando contribuem), possa pagar aposentadoria digna para todos. A conta simplesmente não fecha. E não há promessa eleitoral que dê jeito nisso.

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25 Comentários

  1. Henrique.C. disse:

    Boa tarde Dr. MOney

    Gostei muito da calculadora e de como colocou os cálculos.

    Acredito que ja tenha ouvido falar numa variante da taxa de retirada dos 4%, que seria pegar 5% nos primeiros anos, aonde a pessoa inda tem mais vitalidade para gastar e “viver” e mais para os ultimos deixar para tirar 3%.

    Achei interessante essa teoria mas não consegui calcular como seria. Aqui, assumi ter uma taxa de juros anual 3% acima da inflação. Ai eu pego o valor y, tiro 5% antes de iniciar o ano e esse valor (y-5%)x103% daria o valor final do ano. Ai teria que fazer esse calculo para todo ano. Como monto uma conta (talvez usando a calculadora que citou no tópico) para fazer essa conta automatica?

    Pois ai eu so coloco 10-15 anos. E o que sobrar eu calcularia para tirar, em vez de 5%, apenas os 3% como falei no inicio, e também reajustado a 3% de juros todo ano. Ai eu queria ver quanto tempo meu patrimônio retirando 3% após esse período retirando 5%. Como eu faria essa conta?
    E aqui talvez eu testar também um periodo retirando 4.5% e outro retirando 3.5% e ver como seria também (ou seja, mudar a taxa de retirada e ver como ficaria a rentabilidade).

    Grato pela atenção

    • drmoney disse:

      Henrique, excelente questão! Vou procurar montar uma calculadora que permita duas taxas de retirada, e assim que estiver pronta coloco aqui, ok?

      • Henrique.C, disse:

        Fico no aguardo Dr. Money!

        Ai, você colocaria uma opção para colocar o valor que foi juntado, e ai a tabela se dividiria em 2: na primeira opção para colocar o tanto de anos a taxa que seria usada e a taxa que a outra parte (que não gastaremos nesse 1º periodo), estaria rendendo. E automaticamente para a 2ª parte apareceria o valor que sobrou (já reajustado pelo numero de anos que ficou gastando a 1ª parte), e para essa 2ª parte você so teria a opção de colocar a taxa. Com isso, os anos que teria de renda (junto com o valor anual da retirada) apareceriam automaticamente. Dessa forma, ficaria claro que a quantidade de anos e a taxa que você gastaria nesse segundo periodo iriam depender do que foi gasto no 1º periodo.

        É uma tabela bem interessante mesmo, que faz todo sentido (visto que quanto mais novo maior sua vontade de gastar), e que pelo conhecimento que mostrou ter em matemática financeira não parece ser tão dificil de fazer. Então dr. Money estarei aguardando quanto tiver um tempinho livre para podermos fazer nossas previsões com mais essa opção 🙂

        Grande Abraço!

  2. Andre Silva disse:

    Olá Dr. Money,

    Obrigado pelas infs. Mas uma coisa que eu vejo em todo lugar mas não consigo entender é o seguinte: Sobre a tal da regra da taxa segura de retirada de 4%.

    Por ex: Se tenho 1 milhão agora, no inicio do ano 01/01/2015.
    Eu poderia pegar 4% ao ano, logo 40 mil.
    Sobrariam 960 mil. Então, para seguir a regra, eu tenho que fazer esses 960 mil renderem apenas a taxa da inflação ou teria que ser inflação + 4%? Obrigado

    • drmoney disse:

      André, teria que ser inflação + 4% ao ano. Senão, o seu poder de compra será corroído ao longo do tempo. Por isso, essa tal de “taxa segura” deve ser menor que 4%, pois é difícil encontrar um investimento que, depois de taxas e impostos, retorne líquido para o investidor inflação + 4% ao ano.

  3. Osmair dos Santos disse:

    Olá Dr. Money.
    Tenho 300 mil aplicados conservadoramente. Gostaria de saber se posso retirar 15 mil por ano com segurança de que esse dinheiro não acabe antes de 35 anos ?
    Se não, qual seria o valor máximo que posso retirar por ano ?
    Grato pela atenção.

    • drmoney disse:

      Osmair, 15 mil representam 5% de 300 mil. Vamos considerar que você quer os seus 15 mil corrigidos pelo IPCA anualmente. Se você comprar uma NTN-B 2050, vai obter IPCA + 6% ao ano de rendimento bruto, ou 85% de (IPCA + 6% ao ano) líquido de IR (após 2 anos de aplicação). Se a inflação for de 5% ao ano, isso significa 85%*(5%+6%) = 9,35%. Assim, para manter o seu poder de compra, você deveria retirar, no máximo, 4,35% ao ano (9,35% menos 5%). Mas, atenção! Esta modalidade só serve se você realmente for manter o dinheiro aplicado pelos próximos 35 anos. Se, por algum motivo, você tiver que resgatar tudo antes, pode ter menos ou mais do que esse valor, dependendo do que acontecer com as taxas de juros. O montante aplicado variará selvagemente ao longo dos próximos 35 anos, de acordo com a variação das taxas de juros. Mas, se você mantiver até o final, obterá 6% ao ano + IPCA de rendimento. Se você não quer essas oscilações de curto prazo, pode optar por aplicações mais conservadoras. Um fundo DI, com taxa de 1% ao ano, por exemplo, renderá hoje algo como 9,6% ao ano, sem oscilações bruscas de patrimônio. No entanto, este rendimento pode diminuir daqui a alguns anos, se a taxa SELIC cair. Por exemplo, se a taxa SELIC cair a 8% ao ano, o rendimento será de 6% ao ano, o que mal paga a inflação. Esse é o risco de um investimento DI. A vantagem da NTN-B é que o seu rendimento está travado (se você resgatar só no vencimento!), enquanto o rendimento do fundo DI pode cair ao longo do tempo.

  4. Gustavo Teixeira disse:

    Olá, fiquei com uma dúvida, calculei para receber 5.000 mil por 40 anos ( dos 60 aos 100 anos), até aí tudo bem, mas a pergunta. Quando eu tiver 60 anos 5.000 é um bom dinheiro, mas quando eu tiver 95 nao por causa da inflacao. Os calculos ja levam em conta que os 5.000 serao reajustados ou sera um valor fixo pra sempre? Acho que muita gente nao levou isso em consideracao

    • drmoney disse:

      Excelente questão Gustavo. De fato, se não levar em conta a inflação, o seu dinheiro vira pó ao longo do tempo. Por isso, todas as taxas de juros nos exercícios que fazemos são REAIS, ou seja, a taxa de juros ACIMA DA INFLAÇÃO. Hoje, por exemplo, a Selic está pagando, antes dos impostos, menos de 2% ao ano de taxa de juros real. Uma taxa de juros real de longo prazo, que pode ser obtida se assumirmos algum risco em nossos investimentos, é de 4% ao ano. Abraço e obrigado pelo seu comentário.

      • Gustavo disse:

        Olá, obrigado pela resposta, mas eu ainda fiquei com uma duvida. Se uma pessoa ( pelo método ensinado ) juntar para receber, por exemplo, 5.000 ao mês por 20 anos, este valor será fixo todo mês ou as nos meses ou anos seguintes ele poderá retirar 5.000 e mais um pouquinho ?

  5. drmoney disse:

    Prezado amigo, não pretendo dar uma consultoria de investimentos através do blog, pois não tenho como me responsabilizar pelos resultados. Isto posto, considerando uma retirada anual de 120k, um pote de 4m parece suficiente a uma taxa de 3% real ao ano. Para obter isso, basta aplicar a sua herança em NTN-B longa (vencimento acima de 20 anos), que estão pagando hoje algo como 3.5% líquido de IR. Sei que não é nem de longe tão emocionante quanto a bolsa, mas parece ser mais adequado às suas necessidades.
    Quanto a investir no exterior, o Private Banking de qualquer banco pode lhe orientar com relação a isso, oferecendo-lhe produtos lá fora. Mas será difícil encontrar taxas tão convidativas quanto as que temos por aqui…
    Abraço!

  6. Wagner Pelizaro disse:

    Adorei o seu blog…mas onde fica a calculadora que eu não achei…

  7. Carlos disse:

    Meu caro Dr., gostei da dica. Mas, peço uma ajuda: onde está o meu erro? Tenho 40 anos e uma poupança hoje de R$ 245.000,00. Pelos meus cálculos, à taxa de 0,4% ao mês (li em algum lugar que essa é uma taxa conservadora, mas mais ou menos correta), terei aos 65 anos R$ 814.729,87. Tudo isso sem depositar mais nada e nem sacar um tostão. Esse dinheiro seria suficiente para gerar, também a uma taxa de 0,4% ao mês, uma renda mensal de R$ 4.000,00 até 100 anos (com certeza morro antes, porque se viver mais o dinheiro não mais existirá…rs). Qual o meu equívoco? Estou sendo pessimista ou otimista em relação à inflação? Aos 65 anos, R$ 4.000,00 mais o INSS dará para pagar as contas e uma viagem anual para uma pousadinha modesta….rs. Esses valores pressupõem uma economia ideal ou melhor pressupõem já o desconto da inflação, como se ela não existisse. Ficarei grato com o seu retorno. No mais, parabéns..

    • Dr. Money disse:

      Carlos, vamos por partes:
      1. Com a SELIC a 9%, um fundo DI com uma taxa de 1% ao ano, vai render líquido de impostos 0,55% ao mês (considerando imposto de 15%). A caderneta vai render algo parecido. Mas há uma alternativa melhor: você pretende se aposentar em 2037, correto? Daqui a 25 anos. Uma NTN-B com vencimento em 2035 está pagando mais ou menos IPCA + 5% ao ano. Considerando um IPCA de 4,5% ao ano (que é a meta para a inflação), o seu rendimento líquido será de aproximadamente 0,60% ao mês. Mas a grande vantagem é que você estará protegido da inflação neste período. Ou seja, se a inflação subir, a remuneração do título também aumenta. O ruim dessa opção é que este título é muito volátil, por ter um prazo de vencimento longo. Se a taxa subir, por exemplo, para IPCA + 6%, você pode ter prejuízo no curto prazo. É um ótimo título se você prometer para você mesmo que não vai precisar desse dinheiro até a sua aposentadoria.
      2. Digamos que a sua rentabilidade é de 0,4% ao mês. Minha conta resulta em R$ 811.483,94 ao final de 25 anos (245.000*1.004^300). Aplicando esse dinheiro, você obtém R$ 3.992,53, que é muito próximo dos seus R$ 4 mil. Portanto você está correto. Mas há duas premissas muito importantes a se considerar neste cálculo:
      a) Você não está considerando a inflação. Estas taxas todas são nominais. Ou seja, incluem a inflação. Descontando a inflação, uma taxa de 0,4% ao mês (ou 4,9% ao ano) vai gerar uma taxa real (após a inflação) de apenas 0,4% ao ano (considerando uma inflação de 4,5%). Com essa taxa real, a sua aposentadoria será de apenas R$ 700/mês, em dinheiro de hoje. Aqueles R$ 4 mil são em dinheiro da data de sua aposentadoria, e estará corroído pela inflação.
      b) Considerar que você vai conseguir 0,4% ao mês na data de sua aposentadoria é uma premissa forte. Provavelmente, as taxas de juros estarão mais baixas daqui a 25 anos. Eu trabalharia com alguma coisa mais próxima de 0,25% ao mês.
      Espero ter ajudado.

  8. investindoja disse:

    Excelente post!!!
    Realmente a aposentadoria tem que ser bem planejada … Como vc disse a matemática é severa!!!

  9. Investindo Todo Mês disse:

    Bom post!

    abços

    ITM

  10. Dr. Money disse:

    Marfil, vou abordar esses temas em posts futuros, obrigado pelas sugestões.

  11. Luiz Marfil disse:

    Marcelo,
    O plano de previdência é um ativo de seu titular, que deve conhecer a qualidade da instituição em que o aplica. Quais são os critérios de análise de longo prazo de uma instituição financeira? Como saber se daqui a 20 anos a instituição não desaparecerá e com ela os recursos da aposentadoria? Você poderia desenvolver esse tema? Acho que faltou em sua análise…
    Aproveite também para fazer uma análise acadêmica das taxas de juros reais e do sistema financeiro no Brasil.
    Abraço,
    Luiz Marfil

  12. evertonric disse:

    É Marcelo.
    Mas o dificil mesmo é começar a invistir, ou melhor guardar dinheiro, fazer um fundo de reserva e depois sim invistir.
    Muitos não conhecem o calculo e por isso não dão conta do tamanho do problema na aposentadoria.
    Eu já tenho minha idade que quero me aposentar, porém o valor pode variar um pouco.
    Estou com fé de que logo, logo, chegara a data tão esperada, sou persistente e perseverante.
    Paciencia amigo, o valor alcançado pode te recompenssar no final das contas.
    Um forte Abraço

  13. Roberto Pina Rizzo disse:

    Poupemos ao máximo.
    Trabalhemos até a mais alta idade possível.
    Criemos um negócio, ainda que simples, que possa servir de vaca leiteira lá na frente.
    É o que dá para fazer.

  14. Anonymous disse:

    Sensacional !
    Obrigada pelas dicas !
    Professora/SP Capital

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